Ao amigo que fiz na Universidade do Minho, curso de Ciência da Comunicação, José Luís, mais conhecido por Coruja:
Ontem disseram-me que hoje era o teu último dia em Portugal. Amanha, já serás, oficialmente, emigrante!
Confesso que fiquei um pouco triste de não me poder despedir de ti decentemente. Mas, afinal de contas, nós vamos voltar a ver-nos, e falar na net é a coisa mais normal do mundo. Sigo um pouco da tua vida pelo teu twitter e facebook…
Embora não deixe de ser estranho.
Estava à espera de uma despedida em que tu me olhavas com aquele olhar de quem vai ter saudades de me irritar quando eu estou de mau humor, e de me contares histórias das tuas aventuras. Eu sei que vais sentir falta disso.
Não é necessário a lágrima do canto do olho para saber, que lá no fundo, até vais com a minha cara ;)
Foram três anos de convivência diária.
Nem sempre estivéssemos às mil maravilhas, quando estávamos bem, estávamos mesmo bem. E divertíamo-nos muito em grupo. O último jantar foi exemplo disso.
Não me vou esquecer de me teres ajudado a voltar a andar de mota.
Não me esqueço de me teres dito que quando soubeste que eu tive o acidente, fica-te de tal modo impressionado que te custou voltar a conduzir naquela semana.
Partilhamos esse gostinho pela liberdade e pelo vento na cara.
De ti, o que mais detenho é o teu jeito entusiasmado com que vives, com que ages. És uma pessoa feliz e que transmite tão bem isso para os outros.
Nestes três anos crescemos, a e aprendemos a conviver um com o outro.
Sei que és um homem bom e desejo-te toda a sorte do mundo.
A felicidade é algo que crias constantemente, nem é necessário desejar-ta.
Em breve, vamo-nos voltar a encontrar, talvez eu até esteja de mau humor, e tu me irrites com aquele sorriso malandro e depois me mandes para um sítio que nós sabemos, quando já não me suportas mais.
Bem… vou ter saudades
Até breve meu amigo
Um beijo enorme desta sempre portuguesa e tua amiga
Bárbara Ferreira